“Covid-19 no Jornal Nacional” e “Materialidade da Maratona na Netflix”, confira as próximas defesas pelo PPGCOM!

A Materialidade da Maratona: uma análise de affordances na plataforma Netflix

A pesquisa de Lucas Alves Pinto investiga as affordances presentes na plataforma de streaming Netflix por meio de um mapeamento das funcionalidades e mecanismos de sua interface. 

Ele partiu de conceitos fundamentais como o de capitalismo de plataforma (Poell, Nieborg e Dijck, 2020), complexificação do entretenimento (Regis, 2007), experiência on demand e economia da atenção (Bryan, 2020), tendo ainda como referência autores como Manovich (2013), Davernport e Beck (2001), Bueno (2016), entre outros. Por meio desta lista de autores, o pesquisador  buscou  desvendar como se dá a prática de maratonar (“binge- watching”) séries na Netflix.

O imaginário da pandemia: uma análise da cobertura do número de mortes por covid-19 no Jornal Nacional (JN)

A cobertura noticiosa das mortes por Covid-19 no Jornal nacional (TV Globo) é tema da pesquisa da discente Michele Souza. A novidade é que a mestranda aborda a questão das mortes na pandemia por meio dos estudos do imaginário. Quem não se lembra das edições especiais do JN com informações sobre a contagem do número de mortes? É justamente neste sentido que a dissertação investiga os sentidos evocados pelo telejornalismo ao apresentar os números de mortes por Covid-19. O trabalho analisou dez edições do Jornal Nacional que têm como ponto de referência o quantitativo de mortes pela doença no país: a primeira morte, 5 mil, 10 mil, 50 mil, 100 mil, 200 mil, 300 mil, 400 mil, 500 mil e 600 mil.

Dentre os resultados chama a atenção como o JN ilustrou as informações aos telespectadores e como foram acionados os imaginários das mortes na pandemia para representação na TV.  Michele Souza afirma que “a pandemia foi representada pelo Jornal Nacional ora como uma tragédia, ora catástrofe, ora como guerra. Observamos uma mudança na abordagem dos números de mortes por Covid-19 no telejornal. A morte é ritualizada no discurso jornalístico, sendo traduzida no espaço simbólico dos números ou personificada nas histórias de vida. O telejornal ainda dramatizou a pandemia, evidenciando as individualidades das vítimas, suas histórias, sonhos e trajetórias, buscando identificação com o público”.

Michele S

Michele Souza/Lucas Alves (Fotos: Arquivo Pessoal)

Datas das defesas

“A Materialidade da Maratona: uma análise de affordances na plataforma Netflix” será defendida no próximo dia 24/02/2023, às 14h. A dissertação foi orientada pelo professor Dr. José Messias Franco (UFMA), e a banca é composta pelas professoras Dra. Elaine Javorski (UFMA) e pela Dra. Letícia Perani (UFJF).

O imaginário da pandemia: uma análise da cobertura do número de mortes por covid-19 no Jornal Nacional (JN)” será defendida no dia 27/02/2023, às 14h30. O trabalho foi orientado pelas professoras Dra. Denise Ayres (UFMA) e Renata Rezende (UFF), e a banca é composta pelas professoras Dra. Marcelli Alves (UFMA) e Dra. Iluska Coutinho (UFJF).

Texto: Otávio Temóteo

Últimas